15 de NOVEMBRO de 2009

Então acordei cedo para pegar um transporte publico, vulgarmente conhecido como buzú, para Lauro de Freitas. Era pouco mais de 10:30 da manhã de domingo, aparentemente pouca gente no ponto. Mas assim que surgiu o famigerado buzú de Itapuã, via estrada do coco, apareceu gente de todos os cantos inimagináveis, de cima de uma árvore, de dentro de um barril de lixo, de uma rua, vielas, becos. Só sei que do nada o ponto ficou cheio de gente para pegar o buzú, e aí meu amigo foi uma guerra épica, digna da trilogia Senhor dos Anéis.

Quando consegui subir no bicho, olhei para dentro do mesmo e me deparei com o total desespero, mas eu intrépido tudo, me lançei entre todos e me encaixei ao lado de uma loira de 1 metro e pouco, e ali resolvi ficar, afinal estava na merda mesmo, pelo menos estava disputando espaço com uma loira e não com um PIÃO!

Comecei a pensar no sofrimento de estar ali, mas estava até sereno e até rindo da situação, por que não restava nada a fazer. Pense no buzú cheio, onde era 2 pessoas num espaço para caber uma, pois é. O pior é que não parava de subir gente, aff o povo que gosta de sofrer, espreme, aperta, esfrega, Aahhhh desgraça pouca é bobagem! Eu mereço ...

Finalmente se aproximava meu ponto, eu olhava para frente do bus e pensava: “ FUDEU! Estou no fundo da porra, vai ser foda chegar na frente agora, vou ter que usar dos ensinamentos do mestre Pai Mei ”, que é a técnica de andar no meio de multidão, utilizada muito no carnaval. E fui! Já perto da saída, uma mulher GORDA com uma BIG ASS resolveu atrapalhar minha passagem, utilizei outra técnica de Pai Mei e me livrei da Big Ass e consegui descer. Mas deixei a alegria do dia morrer dentro daquele ônibus.

Isso tudo me leva a pensar no seguinte: Tenho que ser gente ter um carro e parar de andar de buzú.