Não é o ideal, mas é o que tem: Suplico-lhe que me leia!

Suplico-lhe que me leia!


... Acabou-se tudo, porque não posso mais! Hoje, estive sentado junto
dela... Estive sentado enquanto ela tocava no seu cravo algumas melodias, e com expressão toda ...
toda! ... toda! . . . Que lhe direi 'eu?... Sua irmãzinha vestia a boneca nos meus joelhos. Vieram-me
as lágrimas, abaixei a cabeça e meus olhos deram com a sua aliança... minhas lágrimas corriam. . .
Então, de repente, ela começa a velha ária de uma doçura celestial e senti logo em minha alma uma
impressão consoladora, de mistura com a saudade do passado, do tempo em que ouvi essa ária, dos
dias sombrios que se seguiram, do meu despeito, das minhas esperanças malogradas, e depois...
Pus-me a passear pela sala; meu coração sufocava ao peso dessas recordações. Pelo amor de
Deus!", exclamei com violencia, dirigindo-me a ela. "Pelo amor de Deus, basta!" Ela interrompeuse
e olhou-me fixamente. "Werther", disse ela com um sorriso que me trespassou a alma; "Werther,
você está bem doente, pois que até os seus alimentos prediletos já lhe repugnam. Vá para casa,
peço-lhe, e procure acalmar-se!" Arranquei-me de junto dela e... ó Deus, vede meu sofrimento e
procurai por-lhe um termo!

Trecho retirado do livro: Os Sofrimentos do Jovem Werther

2 comentários:

  1. explêndido.

    eu leria esse livro, se aparentemente ele não fosse me deixar com a sensação de estar me perdendo de mim.

    *redundância*

    se eu fosse uma especialista em heartbreaks jamais recomendaaria um livro assim a você..

    mas tudo bem..

    sinta tudo, é bom pra sentir-se vivo. como vc mesmo me disse.

    feliz por sua amizade.

    :***

    ResponderExcluir
  2. perfeito, e nao me arrependo de ter te recomendado.
    te amo

    ResponderExcluir

palavras ...

Copyright © Não é o ideal, mas é o que tem Urang-kurai